Dando sopa

Que tal um prato fumegante de sopa de mamute? Essa delícia pré-histórica foi provavelmente uma das primeiras "receitas" de sopa inventadas pelos homens das cavernas. Achou meio nojento?

Então se prepare para passar mal com essa "apetitosa" sopa grega: o Caldo Negro, que os habitantes da cidade de Esparta adoravam, era feito com...sangue de animais e vinagre! Irc!

Já os romanos tinham um paladar mais delicado: o imperador Nero tomava todo dia um belo prato de sopa de alho-poró, mas não era por causa do sabor, não. É que o Nero achava que a tal sopa era boa para as cordas vocais, que ele usava bastante na hora de discursar para o povo de Roma.


E o vento levou...

Era uma vez, há mais ou menos 4 mil anos, um imperador chinês chamado Chen Nung.

Um belo dia, Chen Nung resolveu ferver um pouco de água, porque naquela época o mundo já estava cheio de micróbios malvados e ele, que não era bobo, só bebia água bem fervidinha.

Mas, bem na hora em que a água começou a ferver, um vento safado arrancou algumas folhinhas de um arbusto chamado Camellia sienensis e jogou dentro do bule do imperador.

Chen Nung, intrigado com o perfume das folhinhas, resolveu provar a água "enfolharada" e...assim nascia o chá! Ou pelo menos é assim que conta a lenda chinesa sobre a origem do chá.

Bactérias mestres-cucas

Aceita um pouco de leite com bactérias? Antes de dizer "claro que não, que nojo!", fique sabendo que o tal leite com bactérias não passa de...iogurte!

Essa delícia é o resultado da fermentação do leite por duas bacteriazinhas muito simpáticas, a Streptococcus thermophilius e a Lactobacillius bulgaricus.

São elas que transformam o açúcar do leite, chamado lactose, em um tipo de ácido, o ácido láctico, que é o que faz o iogurte.

E além de serem as "mamães" do iogurte, elas ainda servem como cães de guarda do seu intestino. É que o tal ácido láctico espanta de lá todos os micróbios malvados!

Comida também é cultura

Para os judeus, alimentação não é brincadeira. A coisa é levada tão a sério que ele tem até leis para dizer o que e de que modo se deve comer: são as leis de Kashrut, que dividem os alimentos em Taref (proibidos) e Kasher (permitidos).

Para ser Kasher, a comida tem que seguir um bocado de regras. Pra começo de conversa, um judeu nunca mistura carne e leite. Por isso, os alimentos Kasher podem ser Bassar (com carne), Halav (com leite) ou Parve (vegetais, peixes, ovos, que podem ser comidos com Bassar ou Halav).

A carne Kasher também tem que obedecer um monte de regrinhas: o animal que vai virar almoço deve ser abatido por um profissional especial, o shohet, e tem que seguir um ritual.

E as frutas também entram na dança: para ser Kasher, elas devem ter nascido em uma árvore com mais de três anos!