De cá para lá, de lá para cá

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos! Antes de você dar um bocejo e dizer "Problema seu", preste um pouco de atenção na frase: deixando de lado os acentos e a pontuação, tente lê-la ao contrário.

Hum, "marrocos" de trás para a frente é "socorram", "em" é "me", "ônibus" é "subino"…ops, tem alguma coisa estranha aqui! Lida do fim para o começo ou do começo para o fim, essa frase maluca continua igualzinha!

E por isso ela é chamada de palíndromo! Os palíndromos são palavras ou expressões que podem ser lidos em qualquer "direção" sem se alterarem. Ana, por exemplo, é um nome palindrômico. Radar e ovo também são. E a frase "Roma me tem amor" é um belo palíndromo!

O nome palíndromo vem de uma palavra grega que quer dizer "que corre outra vez". E parece que o primeirão a ter a idéia de descobrir palavras "que correm outra vez" foi o poeta Sotades, lá no século 3 antes de Cristo!

A voz da bicharada

A não ser nas fábulas e nos desenhos animados, os animais não sabem falar, certo? É, falar como a gente eles não sabem mesmo, mas você sabia que cada bichinho faz um barulho que é só dele? E que cada um desses barulhos tem um nome? Alguns a gente conhece muito bem: não tem ninguém que não saiba que o cachorro late, o gato mia e a galinha cacareja, mas… e o camelo, que barulho ele faz? Ele blatera!

A cobra malvada sibila, o gordo elefante barre, o grilo pequenino cricrila, o pombinho da paz arrulha e o corvo preto crocita…barulho de bicho é o que não falta!

E se você quiser dar uma de sabido na frente dos seus amigos, da próxima vez que ouvir o relincho de um cavalo, diga que ouviu…um nitrido!

Um monte de quê?

Se você chama alguns amigos para brincar na sua casa, além de uma grande bagunça, vocês formam uma turma. E, para quem gosta de falar difícil, vocês podem formar também um magote ou uma chusma! É que esses são os substantivos coletivos de gente, que servem para se referir a um grupo de pessoas.

E se todo o pessoal que está na sua casa resolve fazer poesias? Aí vocês viram um plêiade, que é o coletivo de poeta!

Mas, de repente, aparece uma bruxa malvada e transforma você e os seus amigos em porquinhos! Pronto, de turma vocês agora se tornaram…uma vara!

Só que a bruxa não gostou nada do "perfume" da vara e virou todo mundo em camelo. Mas…qual é mesmo o coletivo de camelo? É cáfila!

Vendo aquela cáfila no meio da sala, a bruxa ficou com medo e foi embora. Para comemorar, vocês resolvem soltar um monte de foguetes, ou melhor, uma girândola!

Depois dessa superconfusão, a turma toda cai no sono, e quando sua mãe chega em casa e vê todo mundo dormindo , ela pensa: "Que bonitinhos, são como um monte de anjinhos, ou seja, como uma falange!"

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