A INGLATERRA PÕE AS GARRAS DE FORA

E que garras! A Inglaterra era, de longe, a maior e mais importante potência da época, o século 19. Começava na Europa inteira a revolução do trabalho assalariado, ou seja, os trabalhadores agora eram totalmente livres e recebiam um salário pelo seu trabalho. Tudo isso por conta da Revolução Industrial.

A Inglaterra passou a exigir a abolição da escravidão, e estava falando seriíssimo! O todo-poderoso Gladstone, primeiro-ministro inglês, ameaçou o Brasil a ponta de espada com uma guerra. Era o décimo ano do reinado de d. Pedro II, o ano de 1850. Rapidinho o governo tratou de criar a lei Eusébio de Queirós, proibindo (dessa vez pra valer!) o tráfico negreiro, naquele ano mesmo. Afinal, nosso imperador não estava nem um pouco a fim de guerra, muito menos contra um monstro como a Inglaterra!

E AGORA, CAFÉ?

Quem ia trabalhar nas lavouras? O problema da mão-de-obra começou a preocupar bastante os grandes fazendeiros de café, principalmente os do oeste paulista, pois os do Vale do Paraíba já estavam em decadência. Todo mundo já sabia que o fim da escravidão era questão de poucos anos. Foi então que surgiu a brilhante idéia de trazer imigrantes, para trabalhar nas lavouras de café.

Os imigrantes vinham "fugidos" da Europa, que se agitava com muitas revoluções. A partir de 1871, isto é, 21 anos após a lei Eusébio de Queirós, eles vieram para o Brasil como uma enxurrada.

Vieram principalmente da Itália, atrás do sonho de uma vida melhor na América. Eram quase 100 mil imigrantes por ano! Pelo menos por enquanto, parecia que o problema da mão-de-obra estava resolvido para os fazendeiros de café, que puderam respirar aliviados...



Mas o império estava começando a se desfazer... e a República finalmente se aproximava...

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