Encolhimento de recorde


Recorde é uma das poucas coisas no mundo que, se a gente quebra, não leva bronca. É que, em um esporte, quebrar um recorde significa conseguir a melhor marca possível naquela modalidade.

Por isso, em todas as Olimpíadas tem um montão de gente doida para fazer a maior "quebradeira" de recordes. E o natural é que, ao longo dos anos, o recorde de um esporte vá sendo quebrado e ficando cada vez mais difícil.

Mas não foi isso que aconteceu com o lançamento de dardo, aquela modalidade do atletismo em que os atletas tentam acertar umas varetas grandonas cada vez mais longe: o recorde do lançamento de dardos simplesmente...encolheu! Em 1984, a distância máxima que um "lançador" tinha conseguido fazer seu dardo alcançar era de 104, 8 metros. Mas, atualmente, o recorde de lançamento de dardos é de 98, 48 metros! Ou seja, menos do que em 1984!

Será que, de lá para cá, as pessoas todas ficaram mais fraquinhas e o recorde teve que encolher? Claro que não, né? O que aconteceu foi que, quando a marca dos 104, 8 metros foi alcançada pelo alemão Uwe Hohn, a Federação Internacional de Atletismo Amador percebeu uma coisa: os estádios estavam ficando pequenos demais para os lançadores de dardos! E ninguém mais iria querer assistir a uma competição sabendo que corria o perigo de levar uma "dardada" na cabeça.

Então, como era meio difícil "esticar" todos os estádios, o que a Federação fez foi...dificultar a vida dos atletas! Como? Simples, eles mexeram no dardo e colocaram o centro de gravidade dele 4 centímetros mais para a frente. Resultado: mesmo quando arremessado com bastante força, ele cai mais pertinho!

Fim da história? Que nada! Com o tempo, os atletas foram botando as manguinhas de fora e começaram a se aproximar da marca dos 104, 8 metros de novo. Por isso, em 1992, a Federação teve que "futricar" de novo nos dardos: dessa vez eles tiraram umas marquinhas em relevo, que facilitavam a aderência da mão dos atletas. Com um dardo bem liso, o arremesso ficou mais difícil, e alcança uma distância menor.


E logo, logo a turma da Federação vai ter que colocar a criatividade para funcionar de novo, e inventar mais um jeito de atrapalhar os lançadores de dardo. É que o recorde atual, conquistado pelo tcheco Jan Zelezny em 1996, já está chegando perto dos 104, 8 de novo...


A patinadora malvada

Essa história parece coisa de filme, mas aconteceu de verdade, e na época deu muito o que falar. Afinal, quem esperaria que, em um esporte tão bonito e tranquilo como a patinação no gelo, fosse acontecer um caso assustador, recheado de ambição, inveja, intrigas e covardia?

Tudo começou durante a diputa do Campeonato Americano de Patinação Artística, em 1994. Além de valer o título de melhor patinadora dos Estados Unidos, esse campeonato também garantia uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno, que aconteceriam no mesmo ano, lá na Noruega. Ou seja, não era nem de longe um campeonatozinho chinfrim, e todas as competidoras estavam louquinhas para tirar o primeiro lugar. Mas todo mundo sabia que a vencedora seria Nancy Kerrigan, que era, de longe, a favorita para ganhar a competição.

E provavelmente a Nancy teria mesmo sido a campeã, se no dia 6 de janeiro de 1994, ela não tivesse sido...atacada por um estranho! É isso aí: um homem desconhecido, saido do nada, atacou a Nancy e bateu no joelho dela com uma barra de ferro! É claro que depois disso, a coitadinha ficou bem machucada e não pôde participar da disputa do Campeonato Americano. Resultado: com a Nancy fora da jogada, quem ficou com o primeiro lugar foi uma outra patinadora, chamada Tonya Harding.

Até aí, tudo bem. Afinal, alguém tinha que ganhar o Campeonato, não é mesmo? Acontece que, uma semana depois da disputa, a polícia descobriu quem tinha sido o mandante do ataque contra a pobre Nancy: ninguém mais, ninguém menos que...o ex-marido da Tonya! O danado abriu o bico e contou para todo mundo que tinha feito o "mal-feito" a pedido da Tonya!

Aí começou o maior bafafá: de um lado, a Tonya negando tudo, do outro, o ex-marido confirmando a participação dela. E, conversa vai, conversa vem, chegou o mês de fevereiro e começaram os Jogos Olímpicos de Inverno. Tonya, como ainda não estava provado que fosse culpada pelo "ataque", ia participar da competição. E Nancy, que tinha conseguido se recuperar, também ia! As duas inimigas iriam competir entre si! Mas, para completar o clima de cinema dessa história, é claro que ela teve um final feliz

No dia 25 de fevereiro, Nancy Kerrigan se vingou da rival malvada do jeito mais chique do mundo: ganhando a medalha de prata!

E a Tonya? Bom, na hora da apresentação deve ter batido um arrependimento, pois ela começou a chorar e pediu para os juízes a chance de repetir a apresentação. Ela terminou a disputa em oitavo lugar.

Mas o arrependimento não foi suficiente para livrar a Tonya da responsabilidade, não! Depois de admitir que tinha mesmo participado do "atentado" contra Nancy, a malvada foi banida da patinação artística, teve que pagar uma multa de 160 mil dólares, cumpriu três anos de pena em liberdade condicional. E também teve de prestar 500 horas de trabalho comunitário e ser obrigada a fazer um tratamento psicológico!

No final, a patinadora malvada acabou dançando!


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