TODOS A BORDO!

Depois dos foguetes, foram inventadas outras embarcações espaciais. Umas muito desconfortáveis, como o módulo Vostok que levou o primeiro homem ao espaço, o soviético Yuri Gagarin (1934-1968), em 1961. Era tão pequenino, que Gagarin ficou todo espremido lá dentro. Mas o que ele viu lá de cima já valeu o esforço. Durante cerca de uma hora e meia, a aproximadamente 300 quilômetros de distância, Gagarin viu o que homem nenhum havia visto na história da humanidade.

Aqui de baixo a gente vê tudo preto. Mas lá de cima, o que se vê é uma imensidão incrível. A visão que se tem da Terra também é formidável. Dá para ver pedaços de terra e de mar. Até as pirâmides do Egito e a Muralha da China! Você já pensou como seria ver nosso planeta do espaço? De camarote, Yuri viu o nosso planetinha de longe e disse: "A Terra é azul!".

Cerca de 20 anos atrás, os americanos chegaram a uma solução mais aconchegante para explorar o espaço: um ônibus. Nele, cabem mais pessoas, que não precisam ficar presas o tempo todo. Quando a nave pára, elas ficam soltas, flutuando, porque lá dentro não tem gravidade. Em uma cabine especial no centro da nave, chamada Spacelab, os astronautas realizam pesquisas científicas.

UM AVIÃO ANIMAL

O ônibus espacial é uma espécie de avião capaz de sair da órbita terrestre e voltar muitas vezes, ao contrário dos foguetes, que jamais retornam. Mas é um tipo de avião muito potente: na hora da decolagem, o desempenho dos motores é igual ao de 140 aviões Jumbo.

É formado por um orbitador, onde são acomodados os astronautas, um tanque de combustível de 47 metros de altura e dois foguetes auxiliares, que dão um belo empurrãozinho para o ônibus atravessar a atmosfera.

Os motores são colocados uns ao lado dos outros, em vez de estarem "empilhados", como nos foguetes.

Quando o ônibus atinge seu destino, o enorme reservatório de combustível, então vazio, é jogado fora, assim como acontece com os foguetes. Os três motores principais só serão ligados para fazer o ônibus voltar à Terra.

Capas especiais evitam que o ônibus vire churrasco, protegendo a nave do calor provocado pelo atrito com a atmosfera. Ao chegar à base terrestre, o ônibus pousa suavemente em uma pista especial, quase planando, como um avião. Depois de uma bela e minuciosa revisão, é só acoplar novamente o reservatório e os foguetes, e ele estará pronto para outra.

Você sabe qual foi o primeiro ônibus espacial a ser lançado? E que é cada vez mais comum se enviar robôs e sondas de pesquisa em vez de gente para o espaço?

 

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