Enfeitando o céu...

Voar é um sonho que o homem sempre tenta realizar de alguma forma... Os irmãos Joseph-Michel Montgolfier e Jacques-Étienne Montgolfier, por exemplo, eram tão vidrados nessa idéia que acabaram criando aqueles imensos balões de ar quente.

Esses franceses espertos eram donos de uma fábrica de papel, que os ajudou com dinheiro e idéias: em 1782 eles perceberam que a fumaça podia fazer um saco de seda voar por aí!

Tudo bem que isso não era bem a verdade... Para quem não sabe o que faz um balão voar, é o ar quente, e não a fumaça!

De qualquer maneira, no ano seguinte, o primeiro balão de ar quente voava pelo céu da cidade de Annonnay. Na época, o material usado para o vôo foi palha e algodão em chamas! Bom, o que importa mesmo é que ele subiu, mais ou menos, 914 metros, e andou mais de 3 quilômetros por 10 minutos!

Já o primeiro balão carregando pessoas, também feito pelos irmãos Montgolfier, tinha que ter uma estréia mais glamourosa e, para isso, nada melhor do que voar pelo céu de Paris! Jean-François Pilâtre de Rozier e François Laurent foram os privilegiados que voaram por 8,8 quilômetros em 25 minutos.

Medo de balão

Quem não teve muita sorte com os balões foi um padre brasileiro chamado Bartolomeu Lourenço de Gusmão: ele poderia ter sido o verdadeiro criador do balão, se não fosse o medo de nobres portugueses...

É que em 1709 ele foi até Lisboa mostrar ao rei português "um instrumento para andar pelo ar"! O instrumento incrível era um balãozinho de papel parecido com esses de festa de São João.

O balão do padre voou até o teto, mas os criados do rei ficaram com tanto medo que aquele balãozinho incendiasse as cortinas do salão que acabaram derrubando a pobre criação do padre brasileiro.

Mal sabiam eles que aquele era o início de uma nova era para os céus...

Bichinhos também voaram de balão!

Os irmãos Montgolfiers deviam estar tão felizes com a criação do balão que deram até aos animais o privilégio de voar a bordo. Foram 8 minutos de pura diversão para um galo, um pato e um carneiro.

Em um percurso de 3,2 quilômetros, eles devem ter se deliciado vendo a cidade de Paris lá do alto, no dia 19 de setembro de 1783!