Por muito tempo as oligarquias paulistas foram as mais valorizadas e beneficiadas do país. Com isto, os outros estados sentiam-se desprivilegiados, mas impotentes diante do poder que havia entre o governo e as elites do café. Quando a crise cafeeira mostrou-se consumada, em 1929 com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, e o presidente paulista Washington Luiz indicou para sua sucessão outro paulista, Júlio Prestes – contrariando a República do Café-com-leite – os políticos mineiros buscaram fortalecimento, aliando-se a outros estados. Formaram, assim, a Aliança Liberal, com o apoio da corrente tenentista, de militares, de intelectuais, que lançou a chapa com o gaúcho Getúlio Vargas para presidência e o paraibano João Pessoa para vice-presidente. A eleição de 1930, intensamente disputada, deu a vitória para Júlio Prestes, devido aos currais eleitorais – votos “comprados” pelos barões do café. A Aliança Liberal, inconformada com a fraude e tendo assistido ao assassinato misterioso de João Pessoa, viu neste momento o terreno propício para dar início a uma Revolução. Assim, dia 3 de outubro de 1930, iniciava-se a Revolução de 1930 no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. Em pouco tempo, quase todos os estados brasileiros aderiram à rebelião. Militares do Rio de Janeiro depuseram Washington Luiz. No dia 31 de outubro, Getúlio Vargas chegava à cidade carioca e, com o apoio da população e o consentimento dos militares, subia ao poder, onde ficaria até 1945, dando início à República Nova.
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