Quando os portugueses começaram a se instalar no Brasil, o meio ambiente começou a sofrer uma grande transformação. Os índios só tiravam dos rios, da terra e das matas o que precisavam para sobreviver. Mas os portugueses e os estrangeiros de outros países que vieram para cá não queriam apenas sobreviver. Também queriam ganhar dinheiro. O resultado? As
matas e florestas exuberantes que tomavam conta da paisagem brasileira
foram sumindo, sumindo, sumindo... O exemplo mais triste é o da Mata Atlântica. Em 1500, a Mata Atlântica ia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Quer números exatos? Era floresta que não acabava mais: ela cobria 1 milhão de quilômetros quadrados! Hoje está reduzida a 7% de sua extensão original. Quer dizer, ela era mais de 10 vezes maior do que é atualmente, com uma diversidade riquíssima de espécies. Como essa devastação aconteceu? Por vários motivos. As árvores foram derrubadas para se aproveitar a madeira ou para dar lugar a imensas plantações de cana-de-açúcar e café. Ainda por cima, a Mata Atlântica cobria o litoral brasileiro, exatamente onde chegavam e se instalavam os estrangeiros, que começaram extraindo o pau-brasil. Então surgiram as cidades, as vilas e as estradas no lugar da floresta, acabando com o ambiente onde viviam bichos de várias espécies. Mesmo com toda a
destruição, a Mata Atlântica continua de uma riqueza
impressionante. Em certos lugares, a floresta apresenta os maiores níveis
de biodiversidade do mundo. Isso significa que lá existe uma
imensa variedade de organismos vivos (animais
e plantas). |
|